segunda-feira, 26 de março de 2007

ANÁLISE_7ª RODADA DO CLAUSURA

Antes de mais nada, gostaria de pedir desculpa aos assíduos internautas que visitam o site nas segundas-feiras em busca de uma análise da rodada do Clausura 2007. O vídeo com os gols e a monografia sobre o futebol que tanto amamos foram os culpados por esse singelo atraso.

Sem mais delongas, começo citando a mediócre partida dos dois maiores campeões argentinos nessa rodada. River Plate e Boca Juniors tiveram adversários que estariam, hoje, bem próximo da segunda divisão argentina. Eu, assim como várias outras pessoas ligadas ao jornalismo esportivo, dariam como certo a vitória fácil de ambas as equipes. Mas não foi isso que aconteceu.

O Boca Juniors tomou um sufoco imenso do Godoy Cruz. Tudo bem que a partida era fora de casa, mas a torcida xeneize compareceu em peso no estádio (vide o vídeo do gol de Boselli que mais tarde comentarei.). Uma decepção imensa, principalmente por ter jogadores de peso no elenco como Riquelme e Palermo.

Tanto é que o gol saiu graças a um jogadore recém integrado a equipe principal. Seria o Boca Juniors o Real Madrid latino? Ou séria coisa pior: um Corinthians argentino? Nada contra a esses dois times, mas a atuação dessas equipes com um plantel recheado de craques e estrelas não vai agradando nem diretoria, nem sequer os torcedores. Mas, uma coisa é certa: o Boca Juniors ganhou, mesmo não merecendo.

Diferentemente do River Plate. Perdeu uma das partidas mais fáceis do torneio, para o fraco Gimnasia Jujuy. Certo que Passarella errou feio nas substituições durante o jogo. Deveria manter Rosales no ataque, independentemente se ele esta fora de ritmo ou não. Não digo que ele resolveria o jogo depois do gol (já que ele saiu minutos antes do ocorrido) mas, juntamente com Ariel Ortega as coisas poderia fluir, pelo menos para uma vitória magra e apertada como a do rival. A derrota custou a vice-liderança e a chance de uma provável liderança nas próximas rodada.

Melhor para o San Lorenzo que enfrentou um rival mais do que sedento por uma vitória. Não deu para o Independiente. Chegou a estar na frente no primeiro tempo mas cedeu a virada. Como disse ontem, essa foi a melhor partida do Rojo na competição. Perdeu? Sim Ao menos jogou muito bem e poderá repetir esse rendimento nos próximos jogos, graças a saga de Burrochaga.

Quem se aproveita da situação e vem novamente correndo por fora é o Estudiantes. Depois da derrota para o Boca Juniors, muitos não acreditavam que a equipe poderia estar entre os primeiros nesse torneio. Puro engano. A dois pontos do vice-líder Boca e a cinco do El Ciclon, o Pincha está mais vivo do que muitos imaginam. Se os rivais não abrirem o olho... já viu, né?

O Vélez Sarsfield, do grand hermano Pablito entra nessa coluna por um simples motivo: a facilidade de perder pontos dentro de casa quando a situação está tranquila. Foi assim com o Argentinos Juniors, assim como sábado, ante o Colón. Mesmo com bons jogadores como Castromán e Mauro Zarate, a vaga para Libertadores do próximo ano pode ficar complicada. Neste instante, sequer estaria na Sul-Americana. E melhor abrir os olhos para o Clausura também, da mesma forma que está fazendo na Libertadores.

Já os chamados “clubes em ascensão”, estão definitivamente caindo. O Arsenal de Sarandí a cada rodada cai uma posição. Não vence a três rodada. Ao menos empatou com o Racing, de Claudio Lopez, que nesta rodada marcou dois. O Argentinos Juniors continua com a mania de perder pontos fora de casa contra equipes que estão mal no campeonato. Foi assim contra o Lanús. O Banfield parece que ressurgiu após a troca de treinador. Duas vitórias importantes. Pior para o Gimnasia LP, que perdeu a quarta consecutiva.

Quem anda mal das pernas é o Rosario Central, que mesmo com Killy Gonzales no plantel, ocupa a amarga décima nona colocação. Já o Newell's, mesmo com atual situação financeira, subiu mais uma posição na tabela. É certo que quase perdeu em casa para o baqueado Quilmes, mas o empate já valeu por alguma coisa.

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