terça-feira, 26 de junho de 2007

NEM COM LOBBY POLÍTICO

Na partida que abriu, de fato, a Copa América 2007, o que mais chamou a atenção foram as presenças de Diego Armando Maradona ao lado de Evo Morales e Hugo Chavéz (foto), presidentes da Bolívia e Venezuela, respectivamente. Além disso, a abertura contagiou os mais de 40 mil espectadores em San Cristóbal, algo raro no país sede, apaixonado pelo Beisebol. O ídolo argentino deu o pontapé inicial da competição.

A falta de costume com o futebol é tanto na Venezuela, que a maior parte da torcida já gritava olé antes dos 30’ da primeira etapa, quando vencia por 1-0, o gol de número 30 na história de todas as Copas Américas. O meia Juan Arango, muito bem marcado, abriu mais espaços para outros jogadores. Um dos que souberam aproveitar foi Giancarlo Maldonado, autor do primeiro tento. Para o futebol venezuelano um ótimo jogador, mas para a Argentina...

Os bolivianos – superiores tecnicamente do que os donos da casa – mantiveram o mesmo ritmo de jogo apesar do gol sofrido. Apesar da correria, a Bolívia chutou muito a gol. É verdade que muitas vezes ela nem chegava a veta de Renny Veja, mas, ao menos, arriscavam (algo que os uruguaios pouco fizeram na partida preliminar). De tanta insistência, o gol saiu. No segundo tempo, a Venezuela até mostrou um melhor futebol, mesmo com o time recuado. Conseguiram desempatar, mas o pragmatismo venezuelano voltou a aparecer, cedendo mais uma vez a igualdade.

Apesar de toda festa promovida por Hugo Chavéz, o futebol do país continua o mesmo. As palavras do presidente da Venezuela de que sua seleção conquistaria a Copa sobre o Brasil, sem dúvidas começaram a ser repensadas - isso, se ele pensou ao dizer aquilo. Para ser campeões, necessitam vencer e depois passar a próxima fase, ambas as situações tão complicadas quanto a renovação da concessão da RCTV. E digo mais: Nem um lobby político colocaria essas duas seleções nas quartas-de-final, só mesmo se o Uruguai e Peru amarelarem.

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