domingo, 9 de julho de 2006

É TETRA

... e eu já sabia. Há exatamente um mês foi publicada uma matéria com a minha assinatura com o título de Escandalosamente campeã, quando eu ainda trabalhava no Tribuna do Brasil.

Não deu para o Brasil, mas não deu pela Argentina. Os brasileiros então torceram para Portugal, já que Felipão, ídolo nacional estava lá. Eu, particulamente, também estava torcendo para os lusitanos, até por que tenho laços sanguíneos - minha avó paterna era portuguesa. Mas, antes disso, fiquei de olho em Alemanha e Itália, pois não queria os meus algozes como campeões. E deu certo.

Um cara que tem o nome do meu temperamento - o lateral italiano Grosso - fez um gol que decidiu a classificação da Azzurra para a final, o que foi bonito de se ver. Lamentável mesmo foi a grosseria de Zinedine Zidade que deu uma cabeçada em Materazzi após sei lá o que. (Segundo informações de José Trajano, diretor geral da ESPN Brasil, a expulsão só aconteceu após o replay ter mostrado o lance). Uma pena a despedida de um maestro pode ter acontecido dessa forma. Como disse Juca Kfouri em seu blog "Ah, Zidane. Que merde!"

Na decisão de pênaltis, Trezeguet (que é argentino), mandou a sua bola na trave. Como não é mestre, não teve a sorte que Zidane teve em sua cobrança de pênalti no começo da partida – cometido por Materazzi em Malouda – aonde ela bateu no mesmo lugar, mas entrou. A cabeça de Materazzi, que não foi tão grosseira como aquela que o cabeceou, empatou no jogo e desempatou na decisão dos pênaltis.

Voltemos então ao Grosso. Ele, que cavou um pênalti nos acréscimos nas oitavas-de-final contra a Austrália, foi o último jogador a bater a penalidade. Muito criticado por ser convocado para a seleção por ser de um time fraco e sem tradição (Fabio Grosso é lateral do Palermo), ele partiu consciente e tranqüilo para a bola e deslocou Barthez.

A Itália é tetra nos pênaltis, após perder uma decisão, aquela, há 12 anos para o Brasil. Conseguiu quebrar o tabu de nunca ter vencido em penalidades – perdera em 1990, para a Argentina, 1994 para o Brasil e 1998 para os franceses. Terá, com certeza, o melhor jogador do mundial, em minha opinião, o zagueiro Cannavaro ou o arqueiro Buffon.

Esperemos que esse título não abale os juízes que estão analisando o processo do rebaixamento de Milan, Juventus, Lazio e Fiorentina. Iremos ver isso nos próximos dias. Espero que a justiça seja feita.

*Abaixo, as fotos da Final

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