Um dos meus maiores ídolos do futebol me decepcionou ontem. O treinador do Japão, o brasileiro Zico, disse que não concorda que a Argentina seja a cabeça de chave. "Não dá para entender como uma seleção como a Argentina, que foi eliminada na última Copa na primeira fase, seja cabeça-de-chave na Alemanha. É porque ganhou um Mundial há vinte anos?”, disse o galinho. Não só porque ganhou o dois mundiais e foi vice em 1990, além de duas quartas-de-final nas três Copas do Mundo que a Argentina, que terá Messi e Aimar, recuperados, como cabeças-de-chave.
Vale lembrar que os organizadores da Eurocopa chamam o torneio de ‘Copa do Mundo sem Brasil e Argentina’. Acho que deve ser por isso que é cabeça-de-chave, por ser melhor do que seleções inexpressivas como o Japão. Não que a seleção do galinho não irá chegar longe neste mundial, muito pelo contrário, mas criticar o critério que escolhe os cabeças-de-chave é ridículo. Imagine um mundial com Brasil, Inglaterra, França e México no mesmo grupo. A chance de cair na primeira fase séria muito grande e a fase final poderia ficar muito fraca.
Para quem não sabe como funciona este processo, são selecionadas oito seleções pela Fifa para não integrarem o mesmo grupo. Uma delas é o país-sede e os outros sete escolhidos pela entidade máxima do futebol de acordo com o ranking e os últimos três mundiais. Para Zico, “parece mais importante" que as seleções grandes "estejam na frente". Melhor do que ter como cabeça-de-chave seleções como Japão, Senegal e Tunísia.
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