Africanos são uma incógnita para este Mundial

Nos últimos mundiais, as seleções africanas sempre deram trabalho para as taxadas grandes. Foi Camarões em 1990, que derrotou a Argentina, a então campeã, por 1 x 0 e quase tirou a vaga da Inglaterra, nas quartas-de-final. A Nigéria, em 1994, que terminou em primeiro na sua chave e só caiu para Itália, de Baggio. Em 1998, novamente a Nigéria, que caiu pela soberba nas oitavas-de-final, para a Dinamarca. E na Copa passada o Senegal, que bateu os franceses na abertura da Copa e só caiu no gol de ouro, para a Turquia, nas quartas-de-final.

Mas neste Mundial, será que os africanos podem dar algum trabalho para as demais seleções. Vejamos: A Costa do Marfim é considerada a maior das cinco seleções da África neste Mundial. Porém, caiu no grupo mais complicado deste mundial, com Sérvia, Holanda e Argentina e perdeu a Copa das Nações Africanas para o Egito, no inicio do ano. Os angolanos já tiveram a proeza de eliminar a Nigéria e não deve passar a próxima fase, ainda mais com Portugal e México na chave. Pode até ganhar do Irã, mais isso não será suficiente.

Já Gana tem um retrospecto bom, pelo menos nos mundiais de Juniores (sub-17, sub-20, sub-23); Pegou um grupo razoavelmente fácil, eliminando a África do Sul, seleção que irá sediar a próxima Copa. Vai dar trabalho para a Itália, que na maioria das vezes sofre para vencer os africanos. Togo chega neste Mundial como aquela que eliminou a sensação de 2002: Senegal. Tem jogadores experientes, mas, igual a Angola, já chegou longe no Mundial. Teve a sorte de cair em um grupo fácil. E a Tunísia, pelos mundiais passados, vai ficar só como coadjuvante, mesmo tendo dois brasileiros no plantel.

Acredito que neste Mundial, estas seleções terão mais dificuldades de passar a próxima fase, pois pegaram chaves complicadas. Três das cinco seleções têm grandes chances de passar ao Mundial: Costa do Marfim, Gana e Togo, porém pegaram grupos difíceis. Mas, como elas são as chatas das Copas do Mundo, pode ser que Holanda, Argentina, Republica Tcheca, Itália e França, possam ficar fora da segunda-fase. De qualquer forma, acredito que somente no próximo Mundial é que os africanos poderão chegar a uma semifinal ou final. Neste, chegar nas oitavas será lucro.